segunda-feira, 2 de abril de 2012

The Sims e a Educação

            Quando falamos em uma Educação de Qualidade e Inclusiva temos em nossa mente que todos têm o direito a isso, mas nos esquecemos que tal fato não ocorre por um simples motivo: a desestruturação familiar, a celular “mater” da nossa sociedade.

            Quantos pais e mães saem de manhã com seus filhos ainda dormindo e voltam tarde da noite com eles igualmente dormindo. O convívio família e filhos são prejudicados pela sociedade do sec. XXI uma sociedade globalizante funcional durante as 24 horas do dia.

            Grande parte do tempo em que as crianças estão sem os seus responsáveis, elas estão na escola ou na convivência de empregadas e babás, nas classes altas, ou mesmo sozinhas em casa tendo o mais velho tomando conta dos mais novos. Não importa a condição social das famílias todas estão deixando o Real Papel de Educar totalmente para a Escola, onde esta está totalmente despreparada.

Imagem Jogo The Sims
 

            O jogo da empresa EA tem um papel muito grande de integração familiar, quando usado da maneira correta, quando pais e filhos se integram neste simulador ambos podem vislumbrar os desafios de uma família e até mesmo comparando-os com seus próprios. Quando um pai ou mãe se predispõem a dar um tempo para jogar, ensinar regras e "macetes" eles estão construindo vínculos de qualidade que por muitos anos as crianças tinham.


            Segundo Vygostsky, o sujeito só aprende interagindo com o meio, com o objeto da aprendizagem e com o outro sujeito. O simulador é o ambiente, os sujeitos são pais e filhos e o objeto da aprendizagem é a sobrevivência satisfatória da família criada. Muitos problemas com jovens e crianças são a falta de convívio direto com seus pais, sem a orientação familiar muitos destes sujeitos procuram outros caminhos para se integrar a está nova sociedade. Mesmo que queiramos uma Sociedade Inclusiva a mesma é totalmente excludente em gênero, raça e até mesmo credo.

           O simulador da EA nos dá a oportunidade de vivenciar de maneira "virtual/concreta" tais discriminações e como os sujeitos criados pelo simulador conseguem "viver" neste ambiente e o que pode ocorrer aos mesmos.

          O The Sims é um grande laboratório empírico onde você pode observar atitudes humanas e criar hipóteses de como solucionar problemas de caráter diário de uma família. As crianças que tem a oportunidade de poder jogar ao lado de seus pais tem uma experiência de vida segura onde pode verificar as inúmeras respostas a certos atos de convívio social.

          Ao criar um sujeito no simulador você pode não só lhe dar características físicas mais também psicológicas que os humanizam. A indicação do jogo, segundo EA, é para 16 anos, mas como educadora, o que importa é como é jogado, quais os objetivos traçados, quem joga e porque joga. Se for uma menina de 10 anos e seu pai, não vejo nada de mais, é o seu responsável que lhe dará as diretrizes primárias e será a convivência entre eles que fará a pauta do jogo e não o simulador em si.

         A EA teve muitas preocupações com nudez e sexo já que ambos são totalmente com a imagem sem nitidez para que o objetivo real de viver em família e em sociedade não seja descaracterizado



Fonte: (http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/artigos/10190/the-sims-e-a-educacao)

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